Um ano depois, o Estado planeja o retorno da Linha 10-Turquesa da CPTM
(Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) para a Estação Luz, no
Centro da Capital. Desde o fim de 2011, as viagens passaram a ser feitas
somente até o Brás, mas a confirmação da mudança só foi anunciada em
janeiro de 2012. Cerca de 400 mil pessoas utilizam diariamente a
ferrovia, que vai até Rio Grande da Serra.
A medida está sendo cogitada em virtude do atraso no início das obras do
Expresso ABC, trem paralelo à Linha 10 que ligará Mauá ao Centro da
Capital, com menos paradas. Como as obras ainda nem começaram - a
promessa era de que o sistema estivesse em operação em 2014 -, seria uma
forma de compensar os usuários pelo transtorno, que hoje são obrigados a
descer no Brás.
A informação foi dada pelo secretário de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, em entrevista exclusiva ao Diário.
Para que a Luz volte a atender o itinerário, também será preciso
modificar o mapa do Expresso Leste, que vai do Centro ao bairro
Guaianazes, na Zona Leste de São Paulo. Isso porque uma das
justificações apresentadas no ano passado para deixar o Brás como ponto
final da Linha 10 foi a falta de espaço e o excesso de passageiros na
Luz. Uma das possibilidades é levar o Expresso Leste até a Barra Funda,
na Zona Oeste. "Estamos colocando equipamentos de via entre a Luz e a
Barra Funda para que isso seja possível", explica o secretário.
Fernandes salienta que a revisão dos itinerários depende também da
chegada dos novos trens à CPTM. A companhia realiza licitação para
compra de 65 composições, todas com oito vagões. Depois que o contrato
for assinado, a empresa vencedora terá 18 meses para fornecer os trens,
de forma gradativa.
EXPRESSO ABC - Em novembro, o Estado recebeu MIP (Manifestação de
Interesse Público) de duas empresas para a construção de quatro trens
regionais, sendo um de São Paulo para a Baixada, passando por São
Caetano, Santo André e Mauá. "Isso faria com que o Expresso ABC se
transformasse em parte do Expresso da Baixada. Nós achamos a proposta
bastante interessante e colocamos como contrapartida dentro deste
projeto de PPP (Parceria Público-Privada) aqueles recursos que são para
cobrir os custos desta obra e do Expresso Jundiaí", comenta o
secretário.
Fernandes garante, no entanto, que o Expresso ABC sairá do papel mesmo
que a PPP não seja feita. "Se ninguém apresentar proposta, o que nos
garante a continuidade é o fato de os expressos ABC e Jundiaí serem
independentes. Ambos têm previsão orçamentária."
Atualmente, o Estado encontra dificuldade nas negociações com a União,
já que algumas áreas necessárias para a futura linha pertencem ao
governo federal e precisam ser trocadas.
Diário do Grande ABC
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