Em nota divulgada nesta segunda-feira, 21, o Metrô de São Paulo
informou que a liberar as catracas das estações é uma prática ilegal, de
acordo com os danos que a ação pode causar aos usuários do transporte e
ao patrimônio público. Sindicato dize que se 100% da frota for obrigada
a operar vão abrir as catracas.
O Sindicato dos Metroviários de São Paulo marcou uma greve para a
próxima quarta-feira, 23, após a categoria não aceitar o reajuste
salarial oferecido pelo Governo do Estado de São Paulo. Segundo o
Sindicato, assim que a greve foi marcada, a empresa responsável pela
aplicação das verbas municipais, a Companhia do Metropolitano de São
Paulo - Metrô, exigiu que 100% da frota trabalhasse na data com o
objetivo de não afetar a população paulista que utiliza o transporte
público.
Diante desta medida, o Sindicato argumentou que o direito de protesto
não lhes pode ser negado e, caso a categoria não possa paralisar a
circulação dos trens, os mesmos irão funcionar com as catracas
liberadas.
De acordo com a nota do Metrô, caso haja tentativa de liberação dos
dispositivos, o Metrô tomará todas as medidas, com apoio de força
policial, para garantir a segurança das pessoas e do patrimônio.
As reivindicações acontecem porque o Metrô-SP apresentou a proposta de
reajuste salarial desde ano com aumento de 4,15%, aumento real de 0,5% e
participação nos resultados a partir de fevereiro de 2013. Para o
sindicato, esses números são inaceitáveis, sendo que a categoria exige
reajuste salarial de 5,13% e aumento real de 14,99%.
O Sindicato dos Metroviários afirma que a greve só pode ser evitada com
uma segunda proposta por parte do Governo do Estado e do Metrô. O
diretor executivo do Sindicato dos Metroviários, Alexandre Carvalho Leme
afirmou que até este segunda-feira a empresa não teria negociado as
taxas.
O Metrô esclarece, em nota, que mantém canal de diálogo aberto com as
entidades sindicais representativas da categoria e espera chegar a um
acordo. Segundo a empresa, uma medida cautelar foi solicitada no
Tribunal Regional do Trabalho
(TRT) para garantir a prestação de serviços e evitar prejuízos para os
usuários e para a cidade de São Paulo. A Companhia diz em nota que
aguarda decisão da Justiça.
Abaixo a nota enviada pelo Metrô-SP:
Metrô tomará todas as medidas para garantir a segurança dos usuários.
Com a possibilidade levantada pelo Sindicato dos Metroviários de
liberação dos bloqueios (catracas) das estações para acesso livre em
caso de greve no dia 23/05, o Metrô alerta que tal medida pode causar
risco à segurança dos próprios usuários devido ao acúmulo de pessoas nas
plataformas e demais dependências do sistema. Além disso, tal prática,
que não tem nada a ver com o "direito de greve", é ilegal, podendo
responsabilizar os envolvidos, nas esferas cível e criminal, por ato de
improbidade e pelas conseqüências danosas às pessoas e ao patrimônio
público.
Caso haja tentativa dessa liberação, o Metrô tomará todas as medidas
para garantir a segurança das pessoas e do patrimônio, inclusive com o
apoio de força policial.
O Metrô esclarece que mantém canal de diálogo aberto com as entidades
sindicais representativas da categoria e espera chegar a um acordo. O
Metrô entrou com uma medida cautelar inominada no Tribunal Regional do
Trabalho para garantir a prestação de serviços e evitar prejuízos para
os usuários e para a cidade de São Paulo. A Companhia aguarda decisão da
justiça.
Proposta do Metrô:
O reajuste salarial total proposto é de 4,67% (índice IPC/FIPE mais
0,50% de aumento real) a partir da data-base de 1º de maio. O
vale-refeição, vale-alimentação e o auxílio-creche também serão
reajustados pelo mesmo índice IPC/FIPE. A Participação nos Lucros e
Resultados - PLR para os metroviários será uma folha nominal +
Gratificação por Tempo de Serviço, com a seguinte distribuição: valor
fixo + 40% do salário base, garantindo o valor mínimo de R$4.070,00.
O Metrô também propôs renovar as demais cláusulas constantes do Acordo
Coletivo de Trabalho 2011/2012 com pequenos ajustes na redação.
Fonte: Estadão
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