Muito desta eficiência, segundo a Companhia do Metropolitano, se deve aos serviços de manutenção preventiva do sistema, que durante 24 horas por dia mobilizam 2,4 mil pessoas para fazer o Metrô funcionar.
Segundo o Metrô, são 1,5 mil, ou 65% dos funcionários, atuando durante o dia; 15%, ou 360 trabalhadores, em escala de revezamento de 24 horas; e 20% ou 480 pessoas que – enquanto os 4,3 milhões de passageiros dormem e as catracas das estações fecham – atuam na madrugada.
Além da limpeza das 64 estações, feitas durante todo o dia, serviços como a higienização das composições, lavagens de vias e túneis ou ainda esmerilhamento, lubrificação ou até trocas de trilhos são feitos enquanto os 164 trens do sistema descansam nos seis pátios (Jabaquara, Itaquera, Belém, Capão Redondo, Tamanduateí e Vila Sônia).
Um trabalho de equipe, cada uma em sua função, atuando em conjunto para que, entre a 1h da madrugada até às 4h, enquanto a eletricidade das vias é desligada, tudo esteja pronto para no outro dia as estações e 984 carros funcionarem plenamente.
“A manutenção do Metrô, incluindo a limpeza das estações, é feita 24 horas por dia, e é prioritariamente de caráter preventivo”, explicou o diretor de Operações do Metrô, Mário Fioratti, que completa: “Mas, parte das atividades é desenvolvida durante a madrugada, para que a operação comercial, realizada entre 4h40 e meia-noite, não sofra qualquer tipo de interferência”, explicou.
Enquanto usuário dorme, há trabalho em todos os trechos
Para
conferir o trabalho das equipes de manutenção do Metrô, que envolve
diariamente cerca de 2,4 mil pessoas, a reportagem do Metrô News acompanhou a atuação em vários trechos, na madrugada da última sexta-feira.
Todo
o trabalho, além do planejamento e atribuição de tarefas, que acontece
antes, começa quando o serviço comercial para de ser prestado, por volta
da 1h da manhã, e os 164 trens do sistema são encaminhados aos seis
pátios. Nos locais, as composições recebem limpeza e higienização,
baseados no Plano de Sanificação, que existe há 37 anos, desde o início
das operações do Metrô na cidade e faz do sistema um dos mais limpos do
mundo.
Ao
mesmo tempo em que os trens são limpos, as vias e túneis são lavados.
Para isso, duas máquinas chamadas gôndolas-pipas, com tanques de 25 mil
litros de água, visitam trechos semanalmente, lavando chão e teto. Na
sexta-feira, a reportagem acompanhou o trecho na estação Sumaré.
A
iluminação das vias do Metrô também recebe manutenção diária. Um v666
de via, espécie de caminhonete adaptada para andar nos trilhos, ajuda a
substituir, em média, 30 luminárias por noite nas linhas. Junto com os
serviços, outras equipes em carros semelhantes fazem o esmerilhamento de
trilhos todas as noites, retirando imperfeições dos dormentes, e outras
fazem a lubrificação dos equipamentos para que o chamado atrito
roda-trilho não desgaste os dormentes.
Troca de trilhos lembra um pit-stop de Fórmula 1
O
trabalho de troca de trilhos na madrugada lembra um pit-stop de Fórmula
1. Tudo deve ser feito entre 1h da manhã e 4h. Na última sexta-feira, o
Metrô News acompanhou a substituição de 250 metros de trilhos entre as
estações São Joaquim e Liberdade.
Tudo
começa com três trens de transporte dos funcionários e equipamentos,
que sai da estação Jabaquara, por volta da 1h, passa pela estação
Paraíso, até chegar ao trecho da substituição.
A
execução é orquestrada e com pressa: um grupo inicia o corte do trilho
que será retirado. Ao mesmo tempo, um grupo com dez homens posiciona
grampos, segura os trilhos e após o corte o retiram.
Na
seqüência, o novo trilho é posicionado da mesma forma, tudo em menos de
30 minutos. “Todos juntos ou não adianta. Força”, grita o líder do
grupo, que também ajuda no posicionamento, na primeira fila.
Após
o posicionamento, começa o parafusamento e a solda. Após a aplicação,
por volta das 3h, é iniciado o esmerilhamento manual do local, seguido
pela limpeza para que, enfim, o Metrô volte a operar.
Fonte: Metrô SP
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