O Sindicato dos
Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de São Paulo decidiu, em
assembleia realizada na tarde desta quarta-feira, não entrar em greve
antes de tentar novamente conciliação com a Companhia Paulista de Trens
Metropolitanos (CTPM). A categoria vai propor, em uma audiência de
negociação marcada para as 13h30 desta quinta-feira no Tribunal Regional
do Trabalho, o reajuste de 7,05%.
O índice foi
sugerido pela juíza instrutora em reunião no dia 8 de maio, na qual a
CPTM apresentou proposta de reajuste de 6%. Na assembleia de hoje, a
sugestão dos patrões foi rejeitada pelos ferroviários, que pedem a
correção pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) mais 5% de
aumento real, além da efetivação do plano de participação nos
resultados. "Foi rejeitada a proposta e, como temos audiência de
conciliação amanhã, vamos fazer a contraproposta, sugerida pela juíza,
de 7,05%", disse o presidente do sindicato, Eluiz Alves de Matos. "Vamos
ver se a empresa acata a sugestão. Se aceitar, não entramos em greve",
completou.
Segundo Matos, a
categoria está em negociação com a CPTM desde março. Sem chegar a um
acordo, as tratativas passaram a ser intermediadas pela justiça
trabalhista. Por dia, são cerca de 2,7 milhões de usuários e 7 mil
funcionários no setor de transporte ferroviário em São Paulo.
Metroviários
O Sindicato dos
Metroviários de São Paulo também demonstra insatisfação com as
negociações de reajuste. A categoria está reunida desde as 19h em
assembleia na sede do sindicato, no Bairro Tatuapé, na capital paulista.
Outras capitais
Em outras seis
capitais, os ferroviários estão em greve desde terça-feira. Em João
Pessoa, Natal, Recife, Maceió, Belo Horizonte e Natal, os funcionários
da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) estão paralisados e
funcionam com 30% da capacidade nos horários de maior movimento. Na
capital do Rio Grande do Norte, a população ainda sofre com os
transtornos provocados pela greve do setor rodoviário, que está 100%
paralisado.
Os
trabalhadores ferroviários aderiram ao movimento nacional que reivindica
reajuste salarial de acordo com o índice do Departamento Intersindical
de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese); plano de saúde
integral; participação nos lucros e resultados e adicional noturno de
50%. A paralisação é por tempo indeterminado.
A Companhia
Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) ainda não se pronunciou a respeito.
Segundo a assessoria do órgão em João Pessoa, o presidente Francisco
Colombo se encontra em Brasília para tentar negociar o reajuste junto
aos ministérios do Planejamento e das Cidades. O escritório no Rio de
Janeiro também está com o funcionamento comprometido porque os
funcionários estão sendo impedidos de entrar por integrantes do
sindicato dos trabalhadores do setor.
Fonte: Terra
Nossos Termos de Uso
Pesquisar neste blog
Assinar:
Postar comentários

0 comentários:
Postar um comentário