Para evitar greve, Metrô de SP aceita proposta de sindicato
O Metrô de
São Paulo aceitou nesta terça-feira a proposta do Sindicato dos
Metroviários de não reduzir em 7,21% o valor da PLR (Participação nos
Lucros e Resultados). Os funcionários --que ameaçam entrar em greve na
quarta (29)-- ainda precisam aprovar o acordo em uma assembleia que será
realizada às 18h.
A PLR é um
valor pago uma vez ao ano para os oito mil funcionários da companhia.
Ela é composta de um valor fixo --que este ano é de R$ 3.062-- mais 40%
do salário mensal. Se a proposta for aceita, nenhum dos metroviários
receberá menos de R$ 3.900.
O Metrô planeja pagar a quantia amanhã.
Na última
quinta (23), a categoria decidiu pela greve. Segundo o sindicato, o
Metrô queria reduzir a PLR porque houve uma queda de 84% para 74% dos
usuários que consideram o serviço excelente ou bom. O número é resultado
de uma pesquisa de satisfação feita todos os anos com as pessoas que
usam o metrô.
Para o
presidente do sindicato, Altino de Melo Prazeres Júnior, a insatisfação
diz respeito à superlotação dos trens, aumentos das tarifas e número
reduzido de linhas --que não têm relação direta com o desempenho dos
funcionários.
JUSTIÇA
Ontem (27) o
TRT (Tribunal Regional do Trabalho) concedeu uma liminar (decisão
provisória) obrigando os metroviários a manterem 100% dos serviços nos
horários de pico, em caso de greve. O pedido foi feito pelo Metrô de São
Paulo.
Nos demais horários, o serviço deve ser oferecido com 90% do efetivo.
Em caso de descumprimento da medida, o sindicato pode receber uma multa diária de R$ 100 mil.
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