Em 1968, quando o projeto do metrô foi concebido, os moradores e
políticos de São Paulo sonhavam com um novo meio de transporte
subterrâneo capaz de fazer evaporar o engarrafamento das ruas.
O objetivo maior era oferecer um meio de transporte rápido para milhões
de paulistanos. "Serão muitas horas de economia para todos", apostavam
os técnicos da prefeitura. "O metrô não será apenas a solução dos
problemas de transportes coletivos da capital, será importante também
para o desenvolvimento industrial de todo o Brasil", declarou na época
ao Estado o prefeito Faria Lima.
As expectativas eram muitas para o ano de 1972, quando a primeira linha
Norte-Sul estivesse concluída. As equipes responsáveis pela arquitetura
do metrô anunciavam um projeto inspirado em Paris, "com cancelas
automáticas que se fecham quando o trem entra na estação, além de
perfeita iluminação dos ambientes e jogo de cores". Nos jornais, os
esboços de três protótipos do logotipo de identificação das estações do
futuro metrô provocavam a curiosidade das pessoas.
"Metrô começa no segundo semestre", anunciou o Estado em sua edição do
dia 2 de abril de 1968. A extensão total da linha Norte, a primeira a
ser inaugurada, incluía um ramal para Moema, com um total de 23
estações, informou a reportagem.
A primeira linha deveria estar toda concluída em 1972. O trecho Sul,
entre Liberdade e Jabaquara, entraria em operação já em 1971. "A segunda
linha, Leste-Oeste, começará dois anos após o início da primeira e
assim sucessivamente em relação aos demais trechos: Sudeste-Sudoeste e
Avenida Paulista."
Em 24 de abril de 1968 foi formada oficialmente a Companhia do
Metropolitano. "Inicia-se hoje uma empresa destinada a ombrear-se,
dentro de pouco tempo, com as maiores da América Latina", disse o
prefeito Faria Lima.
Fonte: Estadão
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