O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários e a
Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) chegaram a um acordo, e
os funcionários da categoria descartaram realizar a greve inicialmente
prevista para ocorrer nesta quarta-feira.
A decisão foi anunciada após uma assembleia, na noite desta
terça-feira, na sede do sindicato no bairro do Tatuapé, na zona leste da
capital paulista, e depois de um encontro entre as duas partes na sede
do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SP).
Diariamente, mais de 4,3 milhões de pessoas utilizam as linhas do metrô
de São Paulo. Em maio deste ano, os metroviários chegaram a paralisar as
atividades entre as 0h e o final da tarde do dia 23, para reivindicar
um reajuste salarial, o que causou tumulto nas estações e
congestionamento recorde de veículos.
De acordo com o presidente do sindicato, Altino de Melo Prazeres Junior,
a proposta apresentada pela empresa não contemplou as reivindicações da
categoria, que chegou a propor trabalhar durante a greve, mas liberar a
catraca para a população, o que não teria sido aceito pelo TRT-SP.
Mesmo assim, os metroviários decidiram aceitar a proposta apresentada e
retomar as negociações em maio de 2013.
"O que ocorre é que essa negociação não avançou em absolutamente nada",
disse o líder sindical. "Essa proposta é ruim, mas nosso objetivo e
juntar forças e lutar na campanha salarial de maio, com mais força que
agora", completou.
Reivindicações
Os metroviários reivindicam, entre outros itens, a divisão igualitária
da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), além do ajuste nas
jornadas de trabalho. Porém, o sindicato argumenta que o Metrô não cedeu
no ponto que consideram mais importante e quis manter a distribuição da
PLR como está, ou seja, de forma proporcional ao salário
dos funcionários. Assim, os servidores da "linha de frente" receberiam
menos que os trabalhadores com os salários maiores, como os engenheiros,
por exemplo.
Já o Metrô argumenta que aceitou um dos termos das reivindicações e propôs antecipar o pagamento
da PLR, que seria no dia 30 de abril, para o dia 28 de fevereiro de
2013. A empresa afirma ainda que propôs distribuir a PRL pagando uma
parcela fixa e 40% do salário base, com garantia de 80% do salário,
conforme o resultado geral do programa.
A greve dos metroviários estava marcada para o início do mês, mas a
categoria adiou em 20 dias o início da paralisação após o Metrô se
comprometer, em reunião no TRT-SP, a apresentar uma nova proposta.
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