O Expresso Leste é o grande campeão de sobrecarga entre os serviços
oferecidos pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), com
uma média de 7,3 passageiros por metro quadrado nos vagões. O número é
bem maior do que o limite considerado aceitável (6 passageiros/m²) pelos
parâmetros internacionais de medição de conforto em transporte público.
Os trens espanhóis, que circulam pela Linha 11-Coral e fazem o percurso
entre as estações Luz e Guaianazes em tempo integral, realizam
atualmente apenas 24 viagens até o Terminal Estudantes, em Mogi das
Cruzes. As recentes estatísticas de lotação evidenciam a necessidade de
atendimento da antiga reivindicação da Cidade para redução do intervalo
entre os trens e ampliação do serviço. Porém, as perspectivas da CPTM
são pouco positivas. A previsão é de que a partir de 2014 o aperto permaneça, com uma média de 5,8 usuários por metro quadrado.
As estatísticas sobre a lotação das seis linhas (7-Rubi, 8-Diamante,
9-Esmeralda, 10-Turquesa, 11-Coral e 12-Safira) constam no Relatório da
Administração 2011, da CPTM, com data de março de 2012, disponibilizado
nos últimos dias no site oficial da Companhia. O documento demonstra que
o Expresso Leste tem atualmente uma demanda de 383 mil passageiros por
dia, com intervalos de cinco minutos entre os trens, o que dá uma média
de 7,3 usuários por metro quadrado. A expectativa é de que o serviço
chegue a transportar 557 mil pessoas diariamente a partir de 2014,
quando o novo
sistema for implantado de forma integral até Suzano. Neste período, o
tempo entre a circulação das composições deverá cair para três minutos,
sendo que a lotação poderá ser reduzida para 5,8 passageiros por metro
quadrado. Essa queda não deverá resultar em conforto, já que ainda
ficará quase no limite do aceitável.
Depois do Expresso Leste, a Linha 7-Rubi (que liga as estações Luz e
Jundiaí) é a que aparece com maior sobrecarga de usuários. A média de
lotação dos vagões é de 7,2 passageiros por metro quadrado, sendo que a
perspectiva da CPTM é reduzir este número para 4,5 em 2014. Em terceiro
lugar no ranking do desconforto está a Linha 11-Coral, que serve Mogi
das Cruzes e corta boa parte do Alto Tietê. As previsões são de drástica
redução destes índices depois que o Expresso Leste for implantado até
Suzano (leia mais nesta página). A Linha 12-Safira, que também atende à
Região passando pelas cidades de Poá e Itaquaquecetuba, tem índices
igualmente altos de lotação, com viagens diárias de 218 mil usuários,
que representam ocupação de 5,6 pessoas por metro quadrado nas
composições.
As linhas 8-Diamante (Julio Prestes/Itapevi) e 10-Turquesa (Luz/Rio
Grande da Serra) possuem sobrecarga semelhantes, com médias de 5,2 e 5,1
passageiros por metro quadrado, respectivamente. Já a 9-Esmeralda
(Osasco / Grajaú) é a mais confortável atualmente, com o transporte de 4
pessoas/m². As previsões são de que esta seja a linha mais movimentada
de toda a rede até 2014, quando 689 mil pessoas deverão utilizá-la
diariamente. Mesmo com o alto número de frequentadores, a previsão é de
que o índice de conforto fique em 4,6, graças à redução dos intervalos
entre as composições, que serão de apenas três minutos. (Confira quadro
completo nesta página).
CPTM
Em nota encaminhada a O Diário, a CPTM não deu informações sobre um
possível aumento das viagens do Expresso Leste até Mogi. O órgão
informou que no momento "os esforços estão voltados para a ampliação do
serviço de Guaianazes até Suzano. Para isso, já foram adquiridos nove
trens novos (R$ 280 milhões) que serão incorporados à frota da CPTM a
partir do 2º semestre de 2012 e estão sendo reconstruídas as estações
Ferraz de Vasconcelos e Suzano, com modernização de todos os sistemas de
sinalização, rede aérea, via permanente e recapacitação do sistema de
energia".
Sobre a sobrecarga das linhas, a Companhia procurou ressaltar que "nos
horários de pico há grande concentração de usuários em todos os meios de
transporte. No entanto, o Governo do Estado está realizando
significativos investimentos na modernização da CPTM. Neste ano, são
mais R$ 1 bilhão para obras de infraestrutura (sinalização,
telecomunicações, energia, rede aérea e via permanente), aplicados nas
seis linhas, além de compra de novos trens".
Fonte: O Diário
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