Dez
anos depois de ingressar no setor público, sendo quinze meses como
presidente do Metrô de São Paulo, o advogado Sérgio Avelleda está
deixando a companhia para entrar na iniciativa privada. A mudança será
imediata. O executivo já renunciou à presidência do Metrô para assumir a
presidência da Estação da Luz Participações (EDLP), empresa voltada
para a concepção e implantação de projetos de transportes e logística,
dirigida, até então, por Guilherme Quintella.
A
entrada de Avelleda na EDLP vem depois do início das obras das linhas 4
e 5 e da liberação da linha 17 – projetos que eram a prioridade do
Metrô de São Paulo. Com isso, o executivo ganha passe-livre para dar
andamento a outros projetos. “Depois de 10 anos no setor público, me vi
em uma encruzilhada. Se eu ficasse mais alguns anos, dificilmente
sairia”, afirma Avelleda. “Ir para o setor privado representa uma
oportunidade de fazer coisas novas, com lógicas muito diferentes. Os
trabalhos e negócios que a EDLP desenvolve são muito estimulantes e eu
não poderia perder isso na minha carreira profissional”.
O
objetivo de Avelleda será ‘por de pé’ os projetos concebidos por
Guilherme Quintella, levando a EDLP para um novo patamar – o de uma
holding operacional, que irá atuar em várias frentes, na área de
infraestrutura logística e de transportes. Para ajudar em tal
empreitada, o diretor de operações da ViaQuatro, Jorge Secall, também se
juntará ao time. Secall irá tocar a SerRail, outro projeto da EDLP
voltado para o fornecimento de equipamentos e suporte tecnológico aos
operadores ferroviários. Em paralelo, a empresa estará também
identificando e desenvolvendo negócios imobiliários ao longo das
ferrovias, desde novos terminais intermodais até projetos comerciais
associados à logística de transportes.
O
primeiro grande desafio de Avelleda será apoiar a implantação da
Contrail, que está destinada a ser a maior operadora terrestre de
contêineres da América Latina, segundo Quintella. Em fase final de
captação, a Contrail iniciará em maio a construção do Terminal
Intermodal do Porto de Santos (TIPS), localizado em uma área de
aproximadamente 300 mil metros quadrados, em Cubatão. Esse terminal
servirá como um hub para organizar o fluxo ferroviário de contêineres
entre o Planalto Paulista e os terminais do porto de Santos. Segundo o
ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, a Contrail é um projeto
com um potencial transformador. A previsão é de que em outubro já sejam
iniciadas as operações.
Ao
deixar a presidência do Metrô de São Paulo, Sergio Avelleda muda sua
‘chave’ da área de passageiros para o setor de cargas. O advogado
ingressou em 2002 na Companhia do Metropolitano de São Paulo, como
gerente jurídico da empresa, e em 2007 foi nomeado diretor de assuntos
corporativos. Em 2008, Avelleda assumiu a presidência da CPTM,
retornando ao metrô em 2011, na gestão de Geraldo Alckmin. “Vou sair de
um negócio estruturado, que é o Metrô, para um negócio novo. Confesso
que exige uma porção grande de coragem, mas é isso que mais me
estimula. Tenho o desafio muito claro”.
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