Quatro meses depois da morte de dois trabalhadores atropelados por um
trem da linha 8 – Diamante (Julio Prestes - Itapevi), no sentido Julio
Prestes, a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) não
conseguiu apurar o motivo dos funcionários Edgard Antonio Dalbo e
Antonio Camilo Severino, cada um com 34 anos de carreira,
estarem nos trilhos no mesmo momento em que uma composição trafegava. O
atropelamento ocorreu por volta de 10h05 no dia 2 de dezembro do ano
passado. Na mesma semana, na madrugada de 27 de novembro, outros três
trabalhadores também morreram atropelados na linha férrea, entre as
estações Belém e Tatuapé da linha 11 - Coral.
Questionado sobre o motivo dos acidentes, o secretário Estadual de
Transportes Metropolitanos de São Paulo, Jurandir Fernandes, afastou a
hipótese de falta de informação ou de má formação dos trabalhadores, mas
não soube apontar a causa das mortes. “Eles morreram. Eles não contaram
para nós: os dois faleceram”, disse, em entrevista coletiva na
Assembleia Legislativa de São Paulo, na quarta-feira (18).
“Eles tinham de estar fora da linha, porque estavam os dois ao mesmo
tempo sobre a linha, nós nunca saberemos. Eles morreram, nunca
saberemos”, repetiu Fernandes. No mesmo dia, durante reunião convocada
por deputados estaduais, o secretário minimizou as falhas nas linhas da
CPTM e do Metrô, que segundo ele, estariam "dentro de quadro
estatístico".
De acordo com Fernandes, um dos profissionais acidentados, que ele
preferiu não identificar, “por incrível que pareça”, participou de uma
palestra logo após o primeiro atropelamento daquela semana, em 27 de
novembro. “O trem não sai do trilho como acontece numa rua em que alguém
bêbado perde a direção e atropela gente na calçada”, comparou.
Fonte: http://www.redebrasilatual.com.br
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