O secretário
dos Transportes Metropolitanos de São Paulo, Jurandir Fernandes, disse
nesta quinta-feira que o início das operações em tempo integral da linha
4-Amarela do metrô (Butantã-Luz), em setembro do ano passado, provocou
um "tsunami de passageiros" que passaram a utilizar os serviços da
Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), o que fez com que o
órgão tivesse de acelerar as obras de melhorias do sistema. Somente
entre outubro de 2011 e março de 2012, a CPTM ganhou 1,2 milhão de novos
usuários, saltando para 2,7 milhões de passageiros que se locomovem de
trens todos os dias.
"A CPTM está
tendo que se desdobrar para lidar com esse 'tsunami' que aconteceu.
(...) Foi um tsunami, e nós estamos administrando", afirmou Fernandes,
em entrevista convocada para explicar o tumulto ocorrido hoje pela manhã
na estação Francisco Morato, da linha 7-Rubi da CPTM, após uma pane.
De acordo com o
secretário, embora a companhia já se preparasse para essa demanda,
surpreendeu a rapidez com que ela ocorreu. De acordo com ele, os atrasos
para a realização das obras da linha 5-Lilás do Metrô também
contribuíram para sobrecarregar os trens, mas não há falta de
investimentos no setor.
"Não está
parado em nada os investimentos", ressaltou. "O que está havendo é uma
migração forte para os trilhos. (...) A demanda reprimida é muito grande
e nós pagamos o preço do nosso sucesso. Nós tiramos muita gente dos
ônibus", acrescentou o secretário dos Transportes.
Uma das linhas
mais afetadas por esse "tsunami" de passageiros foi a linha 9-Esmeralda
da CPTM, cujo aumento de passageiros foi de 58% entre dezembro de 2010 e
dezembro do ano passando, saltando para 520 mil usuários por dia.
Para lidar com
essa sobrecarga de passageiros, a CPTM decidiu suspender, por nove
domingos, a circulação de trens na linha 9, para poder acelerar as obras
para a melhoria do sistema, sobretudo na parte elétrica. A medida,
chamada de "ação de ataque", também deve ser implementada na linha
8-Diamante da CPTM, em junho, e na linha 7-Rubi, em julho. "Nós
precisamos ter outros meios de transporte em São Paulo", disse.
O secretário
negou, porém, que o número de falhas registradas no sistema de trens
esteja acima do normal - em 2012, já foram registradas 15 panes
"notáveis", ou seja, que afetaram os passageiros. "Está dentro dos
parâmetros internacionais", disse.
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